quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Quem fica de pé... é feliz! (Salmo 1)

Feliz o homem
....... que não vai ao conselho dos ímpios,
....... não pára no caminho dos pecadores,
....... nem se assenta na roda dos zombadores.
Pelo contrário:
....... seu prazer está na lei do Senhor,
....... e medita sua lei, dia e noite.
Ele é como árvore
....... plantada junto d´água corrente:
....... dá seu fruto no tempo que precisa dar
....... e suas folhas nunca murcham;
....... tudo o que ele faz é bem sucedido.
Não são assim os ímpios! Não são assim!
....... pelo contrário:
....... são como a palha que o vento arrebata... (dispersa)
Por isso os ímpios não ficarão de pé no julgamento,
....... nem os pecadores na assembléia dos justos.
Porque o Senhor conhece o caminho dos justos,
....... mas o caminho dos ímpios perece.

Analisando...

O salmo é sapiencial, é resultado de sabedoria. Ele apresenta dois caminhos. Na leitura do salmo compreende-se que existem dois caminhos: os maus que zombam de Deus e do seu povo, e dos bons que andam com Deus...

O início do conjunto do salmo se dá através da primeira palavra: “Feliz”... – a verdade é que seguir o salmo é uma bem-aventurança, pois quem dá as costas à maldade e abraça a bondade em Deus é feliz. Aliás, felicidade é o convite constante de Deus. O salmo chama para a felicidade assim como Jesus, no sermão da montanha, reinterpreta a lei apontando a felicidade como contraproposta.

Em um segundo pensamento, temos a “meditação” – para assimilar a Torá, a lei, a palavra de Deus. Meditar na lei de Deus é viver com vitalidade, que se abastece de águas correntes, de forma que não murcha (Sl 92.13s)

O salmo nos fala que os justos não aderem de maneira alguma à ordem social perversa, promovida pelos ímpios. Mas ao contrário, meditam no projeto de Deus. (v.3)

Que não vai, não pára, nem se assenta... (v.1)

Segundo o salmista, o justo não vai onde os ímpios comungam. Não pára no caminho onde os perversos estão para se assentar com eles em harmonia. Não significa que deva desviar do caminho, mas passar por ele sem ser laçado. O bom conselho é que com tais nem comeis – disse Jesus.

O prazer está na Bíblia, no texto, naquilo que vem da boca de Deus (v.2)

“Medita” significa “murmura” – tal recitação em voz baixa é meditação (Sl 63.7; 77.13; 143.5). Meditar a Bíblia, a Palavra de Deus, é torná-la parte de tudo na vida. Não há vida qualitativa, vida bem vivida, vista com honestidade, se a Bíblia não for parte de tudo. Meditar é viver com vitalidade, murmurando o texto, sem religiosidade repetitiva, mas deixando o texto se fazer presente e constante na lembrança, na razão, na emoção, e na fé.
O texto bíblico é a boca de Deus. Quando se tem a Bíblia nas mãos, se tem a boca de Deus presente.

O projeto de Deus é duradouro (v.3)

O justo nunca murcha, se mantendo firme e enraizado. Enquanto que os perversos são leves e inconsistentes (v.4b). Quem olha para Deus com consideração, desconsiderando as ações e expressões flácidas daqueles que falam de Deus sem conhecer, daqueles que não possuem raízes, são preservados.

Um salmo que aponta o caminho...

O salmo 1 aponta o caminho. O povo de Israel está caminhando em seu contexto, enquanto compreendem sobre aquilo que é justo e injusto. No caminho em direção a Deus cruzam-se os dois lados. Deus conhece o caminho. Quem não conhece o caminho são os injustos. O caminho que Deus conhece é o caminho onde o justo anda. É o caminho que o Senhor abre e mostra excelente. O justo reconhece, por isso não se engana. O Cristo do caminho assume quem Ele é, dizendo que ninguém vai ao Pai se não for pela trilha que Ele abre. Na trilha de Jesus, o percurso tem como paisagem a verdade – palavras enraizadas que não são arrancadas, e vida – a cada trecho percorrido a vida vais e revelando em Jesus, e não há como perecer.

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