terça-feira, 16 de novembro de 2010

Bíblia nas mãos: sem pressa...

Inicio este espaço com alegria...

Falar sobre o estudo da Bíblia e estudá-la, é sempre levantar desafios. E para isso é importante atentar sempre, que a leitura da Bíblia desconhece o impulso da pressa. Quando nossos olhos percebem o estilo de vida que hoje vivemos, percebemos que há um duelo: abraçar a pressa que em muitos já impregnou-se, ou assentarmos confortavelmente e abrirmos o texto, para dele arrancarmos o ânimo de nossa vida...

O texto bíblico não é místico, mas sim, emocionante. É o Santo Espírito que nos traz a emoção. Quando lemos as histórias e adentramos no ambiente do texto, somos removidos de onde estamos e participamos com nossa torcida, nosso lamento, nossa surpresa, enfim, somos engolidos pelo desejo de compreendermos o que se passa em nosso texto.

A leitura não necessita ser dogmática - autoritária, sentenciosa - mas é imprescindível que seja humana. Em uma leitura mais humana da Bíblia encontramos Deus entre nós. Principalmente quando no momento em que o Messias-Cristo, que é Jesus, nos contempla com sua presença, palavras e ensinos nos Evangelhos. Daí testificamos, ao modo da fé, que a Palavra tornou-se gente, mas ao mesmo tempo, que Deus mergulhou no texto para fazer parte da história. Não de forma misteriosa, mas de forma humanizada - Deus quer participar de sua própria história. É a história em que os homens vivem abundantemente. E Deus, por meio de Cristo, quer experimentar como é vivê-la - sem descontos, sem privilégios.

A Bíblia está em nossas mãos para iniciarmos com o Deus criador. Entendermos o que Ele deseja dos homens. Vê-lo comunicando com os homens por meio de outros homens, pouco melhores, digamos que mais sinceros e com menos "frescuras" - são os profetas. Em seguida, as cortinas do templo se abrem - se rasgam - para que o protagonista de toda história - história inacabada - entre acompanhado de aplausos, vaias, descréditos, indiferença das autoridades, ódio dos demais religiosos, com alguma admiração, alguma gratidão de alguns, enfim... olhamos para o texto, experimentamos e concluimos com nosso próprio paladar, no entanto, sentindo um gosto diferente daquilo que quando originariamente foi preparado. Mas engolimos gostosamente, e por fim, atestamos que o efeito é o mesmo. A fórmula não mudou.

Daqui para frente teremos várias leituras. Mantenha a "Bíblia nas mãos"